sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Um apelo: não acabem com o futebol




Terminado os Jogos Olímpicos de Londres 2012, o Campeonato Brasileiro, enfim, irá começar de verdade para o torcedor.  Faltando 21ª rodadas para o seu final,  todos os olhos terão que voltar para o Brasileirão.  O momento atual é de muitas dúvidas. Acabamos de fazer um "fiasco", mesmo que esperado( já que o desempenho da delegação brasileira nunca foi bom nos Jogos Olímpicos) e não trouxemos o tão sonhado ouro olímpico,  medalha que parecia tão próxima no futebol. Precisamos trazer o torcedor para os jogos, e por mais que pareça bobo, o caminho é mais simples do que parece: e o primeiro passo é a reaproximação do torcedor com a seleção brasileira. Precisamos de estádios cheios, tomar o gosto do futebol novamente, precisamos ter craques no nosso futebol nacional e internacional. Ver o menino que está começando a jogar futebol, ter vontade de jogar aqui. Num COR x PAL, FLA x FLU, GRE x INT... com casa cheia. Mas porque não temos mais a casa cheia? O ingresso caro. Simples assim. Sei que vocês vão vir com o papo que 8% da renda que o público possui vem das bilheterias. Então, se é assim, o que custa baratear as entradas. Futebol é paixão. Futebol é alegria. Futebol, principalmente, é espetáculo e espetáculo é feito com casa cheia. O que está faltando no Brasil. Não se esqueçam do torcedor. Qualquer passo que o clube possa dar precisa do seu torcedor. Depois deste primeiro passo, podemos voltar a conversar...

domingo, 29 de julho de 2012

Quanto vale um título? - Por Daniel Viana



Pois bem, o Chelsea é o atual campeão da Liga dos campeões da Europa justamente na temporada que ele menos gastou com transferências. Por sua vez o Mancherster city, desde que foi comprado em 2008 pelo xeque Mansour bin Al Zayed, membro da família real de Abu Dhabi, gastou rios de dinheiro em contratações de jogadores como Tevez, Robinho, Dzeko. Após algumas decepções, na última temporada, finalmente o “City” conquistou a Premier League.
Mas todos esses exemplos são de caráter econômico, apesar dos torcedores saberem que esse período de pujança econômica ter um prazo de validade, o prazer de conquistas que dificilmente seriam alcançadas em prazos tão curtos se tornam de valor sentimental impagável. Porém, alguns temem que os investidores enjoem de seus novos brinquedos e saiam assim como entraram, e que os clubes possam herdar dívidas por posturas megalomaníacas de seus donos atuais.
Entretanto, há outro custo para a conquista de títulos, e o Flamengo a paga nos dias atuais. Em 2009, a diretoria, que não era a atual, fez vista grossa para certas balburdias de Adriano e companhia, o título mal ou bem foi conquistado após um período de 17 anos de jejum.
Eleita no fim 2009, Patrícia Amorim tomou posse no ano seguinte e decidiu não mexer no que estava dando certo, porém as coisas começaram a sair do controle, e os resultados em campo se tornaram pífios. Andrade se tornou a primeira vítima, posteriormente a cúpula de futebol, dentre eles, Marco Braz. Mas o estrago estava feito. Adriano sofria graves acusações por suas ações fora de campo, e praticamente fugiu para a Roma, da Itália, onde sua passagem beirou ao ridículo. O goleiro Bruno, bem, estes todos sabem o que aconteceu.
Desesperada para apagar a imagem do seu primeiro ano de gestão no Flamengo, Patrícia Amorim correu atrás de Ronaldinho Gaúcho, mas o comportamento interno perante um subordinado não mudou, a anarquia continuou culminando em diversos momentos que vão da desagregação no grupo e insubordinação da estrela maior.
Estamos em meados de 2012, prestes a completar três anos da conquista do hexa campeonato brasileiro, e não há nenhum título na história do Flamengo que custou tanto ao clube. Por eventos descritos neste breve resumo, nunca antes na história a imagem do clube foi tão arranhada e maculada, a desvalorização é nítida quando o maior contrato de patrocínio master oferecido ao clube foi de R$ 15 milhões, contrastando com os R$ 22 milhões que a Batavo pagou para estampar sua marca em 2010.
Hoje o Flamengo não passa imagem de seriedade, não atrai jogador e pior, sua torcida o abandonou. O clube esta prestes de realizar nova eleição, o cenário político será ainda mais conturbado nos próximos meses, e sabe-se lá o que a atual diretoria fará para lá se manter. Enquanto isso a conta de 2009 continuará sendo paga, e o que foi um momento de absoluto êxtase se transformou em melancolia e num profundo sentimento de arrependimento, e hoje a pergunta final é a mais emblemática do desespero atual. Podemos devolver o título de 2009 e ter o Flamengo de volta?

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Em Londres, sem pressão e sem culpa

Este blog, enfim, voltou com força total. E este que vos escreve tem uma razão nobre para estar aqui, o
início dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Já cobri para o Jornal dos Sports, Lance e também para o Vasco a parte olímpica. Sim, o Vasco tem um departamento só para isto- E é triste constatar algumas coisas sobre o esporte olímpico ou poliesportivo como também é conhecido. Nem vou bater em teclas repetidas como a falta de investimento no Brasil. O que eu peço é que os brasileiros tenham paciência com os nossos atletas, pois os mesmos sofrem o ano todo, sem nem um reconhecimento, patrocínio, e principalmente infraestrutura para concorrer com outros países. É desigual. Não tem como. Não adianta. Vamos aos fatos: a principal participação brasileira nas Olimpíadas foi em Atenas 2004, quando subimos no lugar mais alto do pódio cinco vezes, e ficamos no 16ªlugar no quadro de medalhas. É pouco? É. É ridículo? É. Mas fazer o quê? Ninguém faz nada pelos Esportes Olímpicos.  O torcedor tenta se familiarizar com os Jogos na semana que antecede o evento. Não conhecem as marcas, não sabem o que está atrás destas marca.

 Cielo, coitado, vai levar a pressão de uma nação todinha. E esta não é a melhor forma de incentivar um esportista, pode acreditar. Em Pequim, na última olimpíada, a China tinha uma medalha de ouro “garantida” nos 100m com Barreiras, com Liu Xiang. Entretanto, o desportista fracassou, se lesionou e deixou o país na mão. A China ficou na frente dos EUA conquistando 51 medalhas de ouro, mas a pressão impediu mais uma conquista, que provavelmente vem este ano. Não adianta vir com este papo que o atleta que é bom representa a nação de qualquer maneira. Isto é tolice.  Cielo tem que suportar a pressão, o grande problema que a final dos 100m acontece antes do que as do 50m, especialidade do nadador, então ele tem que estar com o psicológico muito bom. Caso não vença no 100m busque força para fazer o seu melhor na prova que ele é o melhor, nos 50m.

Já no lado feminino, o povo tem de cor o nome da saltadora Maurren Maggi como favorita a conquistar o ouro. Afinal, ela não conquistou em 2008. Agora é manter a hegemonia olímpica. É preciso ter cuidado, Maurren vem de lesão, sem favoritar. Cautela, por favor, cautela.
Se é para colocar pressão que coloquem na seleção de futebol. Nunca ganharam as Olimpíadas, o plantel vale milhões. Qualquer jogador desta seleção ganha por mês o que os outros atletas ganham no ano. Então é pressão nelas. O torcedor distorce a ordem de exigência. Não temos time para ganhar.  Temos que ter, porra. Temos que voltar a ser o país de futebol, ou não vamos ter mais tradição nos Esportes Olímpicos nem no futebol?

Lógico que também ficarei decepcionado com menos de três medalhas de ouro. Mas é se preparar melhor, afinal as próximas Olimpíadas serão aqui, e o poliesportivo terá que começar a ser falado o quanto antes.


Jornalista - Alex Campos

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Botafogo - De volta para o futuro - Por Vinicius Carvalhosa


Após o fim do sofrimento no Brasileirão - 0nde diretoria e equipe fizeram de tudo para conquistar o rebaixamento - chegou a hora de o Botafogo voltar a pensar no futuro. A torcida alvinegra, que deu show com o "Black Hell" nos dois jogos decisivos, espera que esse futuro seja melhor. Com 17 jogadores tendo seus contratos encerrados em 31 de dezembro, a possibilidade de o Alvinegro contar com um elenco praticamente novo para a temporada 2010 é grande.


Dentre os jogadores com contrato chegando ao fim, a diretoria planeja concentrar esforços na renovação de apenas cinco deles: Renato, "pertencente" ao Cabofriense (mais um caso daqueles clubes que são usados como laranja de alguma empresa que detém os direitos do atleta); Diego, do Barueri, com renovação já em fase adiantada; André Lima, do Hertha Berlin, lanterna do Campeonato Alemão, e que não deve ter problemas para continuar no Brasil; Reinaldo, que mal jogou esse ano mas ainda é considerado craque pelos cartolas do Botafogo; e Wellington, do Cruzeiro, que dizem por aí que se destacou e dificilmente permanecerá - gostaria de saber como ele se destacou, com atuações bisonhas na reta decisiva, apesar do gol contra o Palmeiras. Do resto do elenco, a única saída certa é de Jobson, que fez três partidas boas, virou gênio e vai para o Cruzeiro. Tudo bem que perto do elenco medíocre presente em General Severiano ele era um dos melhores, mas não dá para alçá-lo à categoria de craque por ter jogado bem 45 minutos contra o Goiás em sua estreia, feito uma partida boa contra o Atlético-MG em seguida e ter destruído o São Paulo na antepenúltima rodada do Campeonato. A partida contra o Galo foi no dia 8 de outubro, e a contra o tricolor paulista no dia 22 de novembro. Ou seja, Jobson ficou quase dois meses sem jogar bem entre as duas partidas. Vai fazer falta, sim, mas não é uma perda irreparável.


Uma coisa é certa para todos. É preciso ter mentalidade muito diferente na política de contratações para 2010. Esse ano apenas duas contratações "deram certo": Maicosuel e Jobson. Em ambos os casos, os jogadores permaneceram muito pouco tempo no clube. O Botafogo não trouxe grandes reforços, nenhum dos dois chegou com status de solução. Foram apenas apostas (como todas as outras contratações do elenco) que deram certo. Time que quer ter sucesso não pode contratar apenas apostando. É preciso contratar com inteligência, buscar jogadores regulares que podem cumprir papel de carregador de piano e um ou dois diferenciados para levar o time pra frente. Com o nível que o futebol brasileiro apresenta, não é lá muito difícil contratar um jogador diferenciado, como bem mostra o estrago que o veterano Pet fez nas defesas nos poucos meses em que jogou.


A diretoria flerta com a contratação de Dodô. Embora grande parte da torcida seja contra, pra quem tem como atacantes Jobson, Victor Simões, André Lima, Reinaldo e Ricardinho, trazer o Dodô seria um upgrade excelente para esse ataque. Pelo menos ele sabe marcar gols e é capaz de decidir partidas muito mais do qualquer um dos acima citados. Some-se a isso o fato de que Jobson já está acertado com o Cruzeiro, Reinaldo vive machucado, André Lima e Victor Simões podem não renovar (além de não chegarem aos pés de Dodô) e Ricardinho dispensa comentários, e eis um time com necessidade urgente de atacantes, já que os únicos garantidos no elenco são os prata-da-casa Laio e Caio Canedo, ainda muito inexperientes, embora tenham se destacado na base em 2008 e 2009, respectivamente. Da base podem surgir outras opções para o ataque: o artilheiro Alex, que marca mais da metade dos gols da equipe de juniores; o rápido William, convocado para a seleção sub-18 no início do ano, mas que peca na finalização; o polivalente Jorge Luís, que já treinou entre os profissionais e pode jogar de ala e meia; e o ex-seleção sub-17 (em 2007) Júnior, no qual este colunista que vos fala não bota a menor fé e acha um bonde que lembra o estilo de Maicon, do Fluminense. Mas se até o Maicon andou jogando bem, porque não acreditar no Júnior? Enfim, o que importa é que apesar de ter bons nomes na base, os garotos não podem ser jogados aos leões logo como titulares, é preciso contratar bons nomes que possam ajudá-los a crescer.


Não é só no ataque que o Botafogo precisa de reforços já que, tirando o goleiraço Jefferson, o resto do time não passa confiança nem ao mais otimista dos botafoguenses. Precisa-se de meia criativo, de meia rápido para puxar contra-ataques, de volantes, de laterais e de zagueiros. Ah, e de técnico, urgentemente. Apesar da mediocridade do elenco, Estevam foi responsável por muitas das derrotas, já que insistia em escalar ou substituir erradamente. Já está na hora de procurar outro comandante para o barco alvinegro. Olhar para 2010 significa contratar de forma inteligente, aproveitar a base de forma responsável e ter mentalidade de time grande, tudo que não ocorreu em 2009. A tarefa é árdua, mas não impossível. Basta a diretoria querer e se mexer.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

VASCO - Uma história de amor - Por Thiago Teixeira

Saudações Vascaínas,

Eu poderia dedicar esta postagem ao título da Série B, mas prefiro contar-lhes uma história de amor.

Vasco da Gama - Uma História de amor

Nos conhecemos há pouco mais de vinte e dois anos e desde então jamais consegui esquecê-lo. A minha família, os meus amigos e todos os que me conheceram nesses últimos anos, sempre souberam que ele é a minha prioridade, a minha vida, a minha história e o meu melhor amigo.
Como todo casal, vivemos alegrias e tristezas e a nossa maior preocupação sempre foi a de manter acesa a chama de nossa paixão. Para isso, trocávamos declarações públicas de amor, ele com títulos e eu com gritos. Por ele, discuti, sem arrependimento, com meus melhores amigos. Por mim, ele lutou como um gladiador contra os mais incríveis adversários (1). Perdemos e ganhamos, sorrimos e choramos, enfim, fizemos juras de um amor eterno. Mas de repente, não mais que de repente, tudo começou a mudar. Seis anos se passaram sem que eu recebesse sequer uma das declarações outrora cotidianas (2). Não esmoreci, apeguei-me a nossa história e decidi permanecer ao seu lado, pois sabia que a situação não correspondia com o sujeito a quem me apaixonei, mas sim refletia as más companhias que lhe rondavam. Então, após vinte e um anos de união, recebi a maior punhalada de minha vida, algo que nunca pensei viver, uma traição sem tamanho, que dilacerou o meu coração e pôs o meu amor à prova (3). Senti raiva, chorei. Ouvi de familiares, amigos e desconhecidos que deveria esquecê-lo, mudar de par, buscar novas alegrias, mas não dei ouvidos e confesso que odiei-me por saber que o amo incondicionalmente e que mesmo a sua maior traição não o tiraria de meu coração.
No começo deste ano começo tentamos uma reaproximação. Ele mostrou-se disposto a mudar, de fato estava, mas outra decepção fez com que eu pensasse que não deveria mais acreditar no em seu antigo potencial de fazer-me feliz (4). O tempo foi passando e ele insistiu na missão de reconquistar-me. Superou seus limites e ignorou seus escassos recursos para dar-me um presente inédito e há tempos esperado, mas por uma infelicidade não conseguiu concretizar a declaração, mas somente o seu esforço já havia trago ânimo a meu coração (5).
Voltamos a conversar, mas era inaceitável a ideia de vê-lo em uma posição tão insignificante para a sua beleza e história de vida e a relação esfriou como nunca antes e decidi deixá-lo de lado. Mas o tempo foi passando, não mais suportando guardar tantas tristezas e mágoas, e a saudade me fez ir ao encontro dele e sem aviso prévio. Quando ele percebeu que novamente eu acompanhava seus passos, de perto ou mesmo de longe, começou a se arrumar mais e a caprichar em seus atos para reconquistar a minha confiança (6). Percebi que suas companhias mudaram e seu novo "comandante" não merecia a minha desconfiança, tampouco comparações quanto as antigas pessoas que estavam ao seu lado somente para desfrutar de seu status, prestígio e riqueza (7). Apresentastes-me um novo amigo, espécie de empresário, assessor e diretor, que perceptivelmente o orientava e fazia com que sua caravela seguisse agora por um oceano tranquilo, sem resquícios da tormenta que nos afastou (8).
Lembro-me bem, era uma sexta-feira a noite e a aula de Realidade Sócioeconômica e Política do Brasil estava me esperando, no velho prédio da Facha, mas você havia feito um convite tentador para aquele dia, dizendo que nos encontraríamos em um lugar belíssimo e que farias uma surpresa para mim (9). Pensei, pensei, e priorizei o sentimento em vez da razão. Lá eu estava, naquele metrô lotado e animadíssimo com seus fãs - já havia esquecido como era namorar com um popstar - ansioso para chegar ao local marcado. Pulei do vagão correndo e assim segui, driblando a multidão e enfim chegando àquele belíssimo e inesquecível palco das grandiosas declarações que fizestes por mim ao longo desses 22 anos.

Assistindo a volta do Vascão in loco e ao lado de grandes amigos

Ao me deparar com ele fiquei impressionado. Estava lá, imponente, como outrora, naturalmente exigindo respeito a quem estivesse em sua frente, marrento, democrático, boa praça, querido e exibindo um novo traje, belíssimo e apropriado para a nobre ocasião. Ouvi naquele momento o grito de seus milhões de fãs espalhados por todo mundo e imaginei que todos estavam vidrados em você, mas não senti ciúme, pois sabia que naquela noite os seus olhos estavam voltados somente para mim, no único e exclusivo objetivo de apagar de vez a bobagem que fizestes, na árdua missão de reconquistar-me. Fostes sincero. Mostrou-me suas carências e seus defeitos e admitiu que havia muito ainda para mudar, convencendo-me também de que havia disposição para isso. Percebi que você também precisava de mim em sua escalada ao topo de que havia caído. Posto isto, emocionado, sorri e chorei ao mesmo tempo, cantando novas e antigas canções e gritando a plenos pulmões, para que tivesses a certeza de que o amor ainda estava vivo em mim. Mas nem tudo saiu como esperávamos e para encher de emoção esse capítulo, lá eu estava, literalmente aos 40 minutos do segundo tempo, sem saber se tudo seria diferente ou não. E então, de repente, não mais que de repente, o palco de nosso encontro explodiu em um grito uníssono de alegria e emoção, e pude então sentir, como há tempos não sentia, a emoção de viver por você (10). No final, viestes com uma rosa em minha direção e não pude conter as lágrimas (11). Não. Não chegava nem perto dos lindos bouquets (12) que um dia recebi de ti, mas somente eu sabia o que aquela simples flor representava. Alguns minimizaram seu gesto, dizendo-me que era a sua obrigação fazer isto por mim, mas não dei ouvidos, pois sei da dificuldade de se realizar obrigações quando se sabe que o amor do outro continuará intacto mesmo se não fizermos o sacrifício.

E agora aqui estamos, em nova lua-de-mel e com o amor e a esperança reavivados para um 2010, e um resto de vida, de infinitas e inesquecíveis novas emoções. E contrariando o desfecho dos contos de fada, espero que a história não precise chegar ao final para que nós dois sejamos: Felizes para sempre!

Thiago Teixeira (twitter.com/ThiagoTeixeiraS)

domingo, 6 de dezembro de 2009

A torcida que abraçou o time


Meus caros amigos há muito tempo não escrevo para o blog. Acho que falta de tempo e criatividade principalmente foram as causas. Porém voltei e com muito orgulho irei escrever sobre o maior fenômeno do Brasileirão deste ano: A torcida do Fluminense. Não importa o time que você torça, é fato que a torcida do fluzão fez o que nenhuma outra já tenha feito: Vários espetáculos para evitar que o time fosse relegado para a segunda divisão mais uma vez. Claro que todos os tricolores pensaram que o pior estava chegando, o time não correspondia em campo. Mas o artilheiro Fred voltou, o técnico Cuca montou uma boa estrutura para a equipe, da defesa ao ataque o Flu melhorou e com isso o time se recuperou e também a auto-estima da torcida.

A arrancada tricolor começou com a vitória sobre o Atlético Mineiro, os torcedores não lotaram o estádio, o público foi apenas médio, porém o futebol do time foi fantástico e a vitória apareceu. Depois deste jogo veio o do Palmeiras, quase 70 mil pessoas viram mais uma epopéia tricolor, vitória do time de guerreiros. A torcida abraçou totalmente o time, apoio incondicional, essa é a palavra chave que surge da arquibancada. Fluzão e Atlético Paranaense, mais um atropelo do time pó-de-arroz. Ninguém segura mais esse time. Mosaico, balões, sinalizadores, piscas, músicas. Na torcida do Flu a ordem é apoiar os 90 minutos, pois como diz uma das dezenas de músicas cantadas no Maracanã: “Um gol sofrido não vai me abater, eu não vou parar de cantar”.

No meio do caminho da missão tricolor, estava a LDU, carrasco da final da Libertadores do ano passado. O time de guerreiros fez uma desgastante viajem para Quito, jogaram na altitude e tomaram uma goleada de 5x1. Se o Fluminense tivesse uma torcida igual à de outros times provavelmente o desembarque da delegação tricolor seria marcado por protestos pela derrota. Mas não, a torcida tricolor é diferente, é especial, uma torcida de apaixonados pelo clube de coração. Então mais uma vez tratou de inovar, foi ao aeroporto e fez uma festa para receber os jogadores. Gritos de inventivo podiam ser ouvidos em todas as partes do terminal de desembarque. Lindo demais.

Depois disso o Flu pegou o Vitória, massacre, 4x0, show da torcida e do time. Tudo favorável para tentar reverter o resultado contra a LDU. Mas não deu. A torcida compareceu em peso, fez festa, incentivou gritou, torceu, mas o jogo terminou 3x0. Como diria Nelson Rodrigues, “Se os fatos dizem que o Fluminense não é o melhor time, pior para os fatos”. O Fluzão mostrou que nada é impossível neste ano. E chegou a hora contra o Coritiba de fechar o ano com chave de ouro. E a proeza histórica se confirmou, Fluminense empatou com o Coxa e se garantiu na Série A. Botafogo também, não cai nenhum carioca e o Flamengo é campeão, ou seja, ótimo ano para o futebol carioca. Lamentável mesmo só os vândalos torcedores do Coritiba que protagonizaram uma selvageria após o apito final.

Que 2010 seja mais um ótimo ano para o futebol carioca e que o Fluzão seja campeão. Nenseeeeee


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Quem cai primeiro - por Thiago Medeiros


No exato momento em que assistia à partida de despedida do lendário Juan Pablo Sorín. Cruzeiro e Argentinos Juniors jogavam no Mineirão. E o que me chamou a atenção e deu-me o que falar foi o atacante Wellington Paulista: como cai, como pede pênalti, como reclama! Por alguma sorte, ou até intencionalmente, mudei o canal para o jogo do Botafogo na Copa Sul-Americana, diante do Cerro Porteño. E o outro alvo de meu comentário estava bem ali, com seus braços para o alto, feito um animador de auditório ao melhor estilo Liminha, que honestamente não sei se acompanhou Gugu até a Record. O sujeito da vez é André Lima: como cai, como pede pênalti, como reclama! Óbvio que, iguais aos dois, encontramos aos montes no Brasil. Desde o líder da série A ao eliminado da série D.

O pior de tanta reclamação é o fato de o “desespero” com a atuação do árbitro ter se tornado muito mais uma moda, uma expressão característica do jogador brasileiro. O que é de se lamentar. Como não mencionar o tragicômico centroavante Washington, do São Paulo? Ele certamente foi lapidado na Escola Evair de Artes Cênicas. Como chorava o também centroavante, ex-Palmeiras e Vasco... A não menos irritante mania do jogador de imaginar que suas pernas são feitas algodão, nas quais um leve e corriqueiro resvalo do adversário são capazes de destroçar o atacante, agora vem acompanhada da chiadeira contra o já tão cobrado árbitro.

Nossos sofridos atletas socam o gramado, fazem cara de choro, levam as mãos ao rosto quando sofrem um pisão no pé (como não lembrar Rivaldo, na Copa de 2002?). E nós, amantes do jogo de futebol, temos que ver replays intermináveis após os jogos (quase todos) com eles se atirando nos corpos adversários e caindo, como se fossem os velhos ‘atores’ do supercatch, ou para os mais antigos, o telecatch (daquelas cômicas lutas entre rapazes fantasiados de algo como caminhoneiros e coveiros).

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Flamengo - Deixou chegar... - Por Daniel Viana

Para início de conversa é inadmissível um time com uniforme tão feio seja campeão brasileiro. Como representante e defensor mor do que é certo no futebol, “o mais querido” foi até o chiqueiro da paulistada mal vestida e lhes aplicou um duro golpe, que com certeza, faz subir um frio muito comum na espinha dos rivais que estão no caminho do Rubro-Negro sérvio.

Faltam oito rodadas para o término do atual campeonato, assim como um Rubinho Barrichello, os líderes começam a ficar sem combustível e tremem com a aproximação do raio vermelho e preto turbinado com “Kers”

Embora a confiança da torcida e imprensa seja, no momento, válida pela recente forma do Flamengo, convém ressaltar que a partir de agora, o Fla, se quer chegar ao título, não pode mais se dar ao luxo de perder pontos. E o jogo crucial nesta arrancada final tem início neste próximo domingo, no Engenhão, contra o Bostafogo, que sinceramente é o jogo mais difícil, ou menos fácil?, dos próximos três confrontos.

A velha afirmação que agosto é o mês do desgosto, nos últimos dois anos ganhou fundamento no Fla. Na temporada passada, a impressionante arrancada do inicio, foi apagada com a tão impressionante derrapada justamente nesse período de agosto. Passamos todo o mês sem uma vitória, o que nos deixou até mesmo fora da zona de classificação para Libertadores. Fato que se confirmou ao final do certame, mesmo com a discreta melhora Rubro-Negra. Nesta temporada, não tivemos a mesma arrancada inicial, tão pouco uma derrapada tão grande no mês de agosto, mas um conjunto de maus resultados no mesmo período nos faz continuar a seis pontos do Líder.

A força Rubro-Negra parece estar de volta, apesar do ano de eleição, o temor de que isto pudesse atrapalhar nossa campanha se mostrou incorreta. O estigma ressurgiu, ainda que de forma discreta, mas apavorante para os adversários. Enfim, se deixou chegar... Abraços e até a próxima. Para Sempre, Mengão.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vasco - Um sentimento de amor que não para ! Rumo a Série A - Por Caroline Oliveira (Luly)



Na alegria e na dor


Escrevo aqui não como bloqueira, mas como torcedora que acompanhou a descida do Vasco para Série B no final de 2008, e que está presente ao longo desse ano de 2009 nos jogos ajudando a motivar o time.
Quem acompanha o esporte, pode assistir a uma manifestação há muito não vista em nosso país, principalmente no Rio de Janeiro.
O clube tem lançado campanhas de arrecadação e incentivo, e a adesão é sem dúvida, espetacular.
Outras campanhas de apoio também tem sido criadas por torcedores, muitos deles os quais nunca haviam se visto antes, mas que se uniram num ideal em comum: a volta do Clube de Regatas Vasco da Gama para Série A do Campeonato Brasileiro.
Sem dúvida, enfatizamos a seriedade do elenco e da comissão técnica que tem superado os obstáculos com raça e dedicação.

É claro que nem tudo nem todo mundo agrada a todos e por isso há quem critique um ou outro jogador, algumas decisões do técnico. Mas o que importa é que até agora tem dado certo.
Temos jogadores incentivados por uma torcida contagiante, com um sentimento que não parou na dor e só cresce a cada jogo, cada vitória, trazendo alegria a todos.
É maravilhoso estar nas arquibancadas, seja em São Januário ou no Maracanã - já que os jogos tem sido transferidos devido a lotação do nosso caldeirão - torcendo, cantando,vibrando. É uma sensação indescritível e tenho certeza que você amigo vascaíno, também sente essa sensação a cada gol, cada jogo, cada vitória.

E eu não paro, não paro não

A Cruz de Malta é sim nosso coração, e não precisamos provar nada; está aí pra todo mundo ver.
Uns dizem que ser Vasco está na moda. Não está não, porque moda é passageira. Ser Vasco está no sangue, na alma. É paixão, lágrimas, suor, êxtase. É ter coragem de assumir um amor em meio a tantas críticas, inicialmente negativas, mas que vem mudando ao longo dessa campanha.
É um sentimento que não parou com o rebaixamento. Só cresceu e vai crescer ainda mais rumo a ascensão.

A dois passos do paraíso

Apenas mais duas vitórias e estaremos de volta a primeira divisão; mas não vamos parar por aí. Esta será apenas mais uma etapa vencida, porque queremos mais, queremos o título.
E estamos mostrando que somos capazes.
Essa campanha vitoriosa é também consequência da união de todos nós torcedores, anónimos no nosso dia a dia, mas que tem se feito peça chave e de destaque nesse maravilhoso mar vascaíno que invadiu não só o Rio de Janeiro mas todo o Brasil.



terça-feira, 22 de setembro de 2009

Botafogo - Bando de reservas - Por Vinicius Carvalhosa




É cada vez mais difícil comentar a situação do Botafogo no Brasileirão. Sinceramente, não sei o que esperar. Em alguns momentos o time parece capaz de sair e se afastar da zona de rebaixamento, mas em outros parece totalmente inútil qualquer tentativa. Um desses momentos é o de mudar o jogo, a hora de substituir, de olhar pro banco de reservas. A partir da hora em que Ricardinho passou a ser a principal opção ofensiva para o segundo tempo, tornou-se vã qualquer esperança em melhorar a equipe no intervalo. Aliás, a partida contra o Santos foi exemplo claro do nível do banco (ou seria bando?) de reservas alvinegro: Flávio, o goleiro que tem a estatura de Castillo mas não possui metade da força física; Diego, zagueiro recém-contratado e que era reserva - repito, RESERVA - do Barueri; Alessandro; Fahel (preciso comentar sobre esses dois?); Renato, único jogador decente como opção para o segundo tempo; Marquinho, o meia que acabou de assinar com o clube, já se tornou primeira opção para a reserva da armação e não joga desde o meio de 2008, quando defendia o Vasco (aliás, algum vascaíno lembra dele?); e Ricardinho, o atacante mais inútil e irritante a pisar em General Severiano desde Diego (o que mostra a situação do clube em 2009, já que o último atacante irritante assim jogou no Botafogo no mesmo ano!).

Com opções desse quilate no banco, fica realmente difícil acreditar em vitórias. E grande parte da culpa vem do técnico Estevam Soares. As alternativas que ele possui para figurar entre os suplentes alvinegros não são nada animadoras, mas bem que ele poderia escolher opções menos medíocres e limitadas. Entre os goleiros tanto faz, enquanto Renan estiver machucado a torcida tem que se conformar com Castillo ou Flávio mesmo, igualmente frangueiros e igualmente anões. Pela zaga, apesar de não ter feito nada para merecer tanto, seria mais justo Teco figurar no banco do que o recém-chegado Diego, indicação de Estevam, por sinal. Teco jogou bem na partida de ida contra o Atlético-PR pela Copa Sul-americana e merece uma chance no banco(apesar de eu ter a impressão de que ele será dúvida para os próximos dois anos ainda, pelo menos). Aliás, qualquer um poderia ser titular dessa zaga no lugar do Emerson, até mesmo esse Diego que ninguém nunca viu jogar, só o Estevam. Outra opção para a zaga seria o prata-da-casa Alex Lopes, que nas poucas oportunidades que recebeu se mostrou ao menos seguro e sério. Eduardo, apesar da irregularidade, indisciplina e displicência é o zagueiro mais técnico do elenco, é melhor do que todos e, se dependesse somente da condição técnica, deveria ser titular. Seria uma boa opção também para a ala-esquerda, quando Gabriel não tiver condições de jogo. Para a direita, melhor do que Alessandro seria Wellington Jr, que está com a seleção sub-20 para o Mundial da categoria, mas mesmo antes disso não vinha sendo relacionado para as partidas. O jovem é versátil e pode jogar nas duas alas, além do meio-campo.

Entre os volantes, Fahel continua nas graças do treinador como principal opção do banco, apesar de irritar a torcida constantemente com seus passes errados, erros de marcação e falta de vontade. Alguns volantes que já tiveram mais prestígio no clube andam esquecidos, como Túlio Souza (que seria opção também para a ala-direita), Leo Silva (que deveria ter sido expulso do clube após o pênalti ridículo que cometeu em Dentinho, contra o Corinthians) e Batista (que desaprendeu a jogar depois que passou a ser improvisado na ala-esquerda). Agora, não tenham dúvidas de que a nova contratação alvinegra, Rodrigo Fuska (outro reserva do Barueri, para desespero dos pobres torcedores!) ganhará oportunidades no banco assim que tiver condições de jogo, já que foi outra indicação de Estevam. Para o meio, a melhor opção é mesmo Renato, que normalmente adiciona mais vontade, velocidade e ofensividade ao time quando entra no segundo tempo, além de ser bom cabeceador. Mas é absurdo Marquinho figurar no banco mesmo estando sem jogar desde 2008. Se fosse jogador reconhecido já seria estranho, mais ainda sendo um zé-ninguém como ele, que nunca se destacou em lugar nenhum. Espero estar enganado, tomara que ele se torne uma excelente contratação, mas duvido até que ele prove o contrário. Enquanto isso, Rodrigo Dantas, das divisões de base, poderia estar recebendo mais chances, já que entrou bem em alguns jogos. Vem fazendo trabalho especial para ganho de massa muscular, e já mostrou ter técnica e qualidade no passe. É uma aposta mais válida do que apostar em um desconhecido de 27 anos que não joga há mais de um ano. Para o ataque, a única certeza é que Ricardinho não tem a menor condição de jogar em clube grande. Não acerta nada do que tenta - quando consegue tocar na bola - e parece sempre escolher a pior opção possível de jogada. Victor Simões não é o atacante dos sonhos de ninguém em sã consciência, mas seria menos inútil do que Ricardinho. O júnior Laio poderia ser mais utilizado também, já marcou gol nesse campeonato, mas deve ficar de lado por uns tempos depois de perder gol feito no último minuto contra o Atlético-PR pela Sul-americana.

Com essas alternativas no banco de reservas o torcedor alvinegro continuaria preocupadíssimo a cada vez que o time precisasse fazer substituição, mas ainda assim com um pouco mais de esperança durante os jogos. Porque olhar pro banco e ver Alessandro, Marquinho e Ricardinho certamente não é o momento mais feliz do dia de nenhum botafoguense. Eles sabem que com os suplentes habituais de Estevam Soares dificilmente o time conseguirá mudar o rumo de alguma partida na base da técnica. E sabem também que o elenco é muito ruim, mas o técnico poderia colocar opções menos sofríveis no bando.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Tudo muda se tudo muda - por Thiago Medeiros


Crise de identidade! Assim vive o Brasileirão. O líder já não é mais tão líder, o mutante Corinthians desbancou o que parecia ser um atropelamento vermelho em Porto Alegre e o Coritiba freou o desfalcado Palmeiras. O esperançoso Botafogo caiu no Engenhão diante do carioca da gema Santo André, que aqui no Rio já faturou um título em cima do Flamengo e esse ano se deu bem contra o Fluminense e Botafogo. Sorte do Vasco que não enfrenta o simpaticíssimo Ramalhão esse ano. Talvez sequer no ano que vem, já que tudo indica que os dois irão trocar de divisões entre si.

A água suja começa a banhar já o pescoço dos ameaçados, que digam Fluminense e Sport, que são os de campanha mais regular rumo à Bezona 2010. Esses, ao menos, ficam tranquilos quanto à temida janela (nome suave pro rombo que compreende o período de contratações na Europa),pois provavelmente não sai ninguém desses times, por motivos óbvios. Já nos outros aglomerados a sirene segue ligada por mais longos 10 dias.

Tanto – e põe tanto nisso - se fala na campanha do Corinthians de 2008, quando consideram que houve passeio na Série B. O Vasco, sem aqui roubar o espaço do amigo no blog, busca tal feito. O Fluminense, por sua vez, tem “superado” a campanha do fatídico Timão 2007, vamos ver o desfecho.